Massa com bacalhau da Rosa Maria

Em 2004 estive em Portugal para participar de um congresso. No evento encontrei algumas pessoas com quem me correspondia via e-mail para trocar idéias e referências para a conclusão do meu mestrado. Dentre essas pessoas tive o privilégio de conhecer o Prof. Luís e sua esposa, Rosa Maria.

Ao visitar a sua magnífica casa, em Afife, Rosa Maria preparou uma massa com bacalhau cujo aroma e sabor não saíram mais da minha memória.

Ilustro este post com uma foto de Afife, onde se pode observar o mar e o campo apenas virando o pescoço. Um lugar inesquecível.

Como estamos na época da páscoa e todas as revistas e programas de culinária trazem receitas com bacalhau, veio a inspiração de preparar essa massa. A lembrança da ótima companhia e daquele prato acompanhado de uma taça de vinho no friozinho de dezembro em Portugal me dá vontade de pegar o primeiro avião e voltar para lá.

Aí vai a receita, já que nunca vi nada semelhante por aí.

Massa com bacalhau da Rosa Maria

1 kg da bacalhau em postas (já dessalgado)

farinha de trigo

azeite de oliva

molho de tomate (faço o meu bem temperadinho e reservo)

azeitonas pretas (daquelas miúdas que chamamos de azeitona portuguesa)

sal (eu não coloquei)

500 gr de massa curta (eu usei farfalle)

Enxugue o bacalhau com papel absorvente retirando máximo da água que conseguir. Passe cada posta na farinha de trigo e retire o excesso.

Frite as postas em uma panela com uma quantidade generosa de azeite de oliva bem quente. Reserve o bacalhau.

Na mesma panela, sem dispensar o azeite em que o bacalhau foi frito, coloque o molho de tomate e as azeitonas e deixe apurar por uns 5 minutos. Se ficar muito grosso por causa da farinha que se desprende do bacalhau coloque um pouco de água.

Volte as postas de bacalhau para a panela e deixe levantar fervura.

Em uma travessa coloque a massa cozida, jogue apenas o molho por cima e disponha as postas de bacalhau em volta da massa.

Já ofereci este prato a alguns amigos e foi o maior sucesso. Aliás, dedico este post à Rosa Maria por ter me ensinado a prepará-lo e à minha amiga Sandra que mais de um ano após comer este macarrãozinho ainda fala dele.

Kebaberia

Enquanto estou afastada da cozinha (isto será até domingo), vou falar de um lugarzinho muito legal que conheci. A Kebaberia que, como o nome diz, serve kebabs. Para quem nunca comeu o kebab é feito com pedaços de carne passados numa chapa quente servido com algum vegetal, envoltos num pão semelhante ao pão sírio que é dobrado e levado a uma prensa quente que o deixa quente e crocante.

Na última vez que fomos lá eu pedi o de pernil de porco que vem com cebolas e pimentões vermelhos passados na chapa junto com a carne e pedacinhos de tomate cru. O marido pediu o de frango com gengibre e o filhote pediu o de pernil de cordeiro, que vem com alface e tomate picadinho. Todos ótimos e leves.

Os kebabs ainda vêm com molhos que você escolhe. Tem de tahine, mostarda com mel, iogurte, creme de alho, entre outras opções que não me lembro agora.

Já visitei duas vezes o lugar e a comida foi apresentada com o mesmo padrão de qualidade. A carne sem gordura, os vegetais fresquinhos, e o pão delicioso. Esqueci de mencionar que eles fazem kebabs vegetarianos e doces também, só que esses eu nunca comi.

Para quem quiser e puder ir conhecer a casa aí vai o endereço: Rua Dr Renato Paes de Barros, 777, no Itaim Bibi. Um beijo.

Comidinhas para a convalescente

No dia 12 de março descobri que tinha uma trombose na perna direita, o que me valeu uma internação durante sete dias e ainda mais quinze dias de repouso em casa. Este repouso me afastou do meu trabalho, da direção do meu carro e da cozinha, pois não posso ficar muito tempo em pé.

Como tenho um filho de 7 anos, minha mãe veio passar esses quinze dias aqui em casa para me socorrer. Com isso, tenho saboreado muitas receitas que, para mim, são 100% Comfort Food. Comidinhas que têm aquele saborzinho das minhas lembranças da infância.

Neste período minha mãe já fez charutinhos de repolho, panquecas de carne, um lagarto fatiado e acebolado que chamamos de carne fria, frango asado com batatinhas coradas, kafta, carne de panela feita na forma Fulgor e dobradinha. Nossa, se continuar assim vou acabar engordando uns quilinhos!

Para não dizer que eu não passei nenhuma receita, vou passar a de Kafta que é extremamente fácil e ainda por cima com poucas calorias. Se quiserem outras das receitas citadas é só pedir. Beijo.

KAFTA

1/2 Kg de carne moída (não utilizar carne congelada)

1 pacote de sopa creme de cebola

1/2 xícara de folhas de hortelã picadas

1 colher de café de canela em pó

sal (se sentir necessidade)

Misture bem todos os ingredientes até formar uma massa homogênea. Pegue porções da massa e aperte em espetinhos de madeira para churrasco para moldar a Kafta. Asse numa chapa quente ou coloque numa assadeira e leve ao forno médio até que a carne esteja dourada. Servimos com uma saladinha e um arrozinho integral. Uma delícia!!!

Obs. Como estou com problemas com a minha câmera digital, peguei esta imagem no Google mas garanto que estão muito semelhantes às que minha mãe preparou.

Mãos à obra

Inspirada na leitura de outros blogs culinários, criei este pela necessidade de compartilhar as minhas aventuras na cozinha com quem gosta de cozinhar e comer bem e pelo incentivo de alguns fãs dos pratos que saem da minha cozinha.

Comecei a cozinhar quando casei, há 11 anos. Antes disso não esquentava nem água. Pois é, contrariando todas as expectativas, me apaixonei pela culinária e tornei-me uma incansável colecionadora de livros e revistas da área.

Minha intenção aqui é falar de pratos e lugares que, além de alimentarem o corpo, aqueçam a alma com lembranças e emoções gustativas. Esse é o princípio que rege a Comfort Food.

Espero que gostem do que veremos por aqui. Aguardo os comentários. Um beijo, Cláudia.